Arqueobactérias
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Actualmente
muitos autores consideraram oportuna a separação das Arqueobactérias
(bactérias primitivas) das chamadas Eubactérias
(bactérias verdadeiras).
Com
base em estudos bioquímicos (sequências de RNA ribossómico, ausência de
ácido murâmico na parede, composição lipídica da membrana), concluiu-se que
há
mais de 3000 M.a. terá ocorrido uma
divergência na evolução dos organismos procariotas, tendo surgido duas
linhagens distintas. Até este momento não foi identificada recombinação
genética neste grupo de organismos. O ramo que originou as Arqueobactérias teria, mais tarde,
originado os eucariotas.
Considera-se
que as arqueobactérias actuais pouca alteração sofreram, em relação aos
seus ancestrais. Estes procariontes vivem em locais com condições extremamente
adversas para outros seres vivos, provavelmente semelhantes às que existiriam
na Terra primitiva.
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Arqueobactérias
vistas ao MEV (imagem @ www.upenn.edu) |
As
arqueobactérias podem ser divididas em três grandes grupos principais:
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Halófilas
- vivem em concentrações salinas extremas, dezenas de vezes mais salgadas
que a água do mar, em locais como salinas, lagos de sal ou soda, etc. A sua
temperatura óptima é entre 35 e 50ºC.
Estas bactérias são
autotróficas mas o seu mecanismo de produção de ATP é radicalmente
diferente do habitual pois utilizam um pigmento vermelho único - bacteriorrodopsina
- que funciona como uma bomba de protões (como os da fosforilação
oxidativa nas mitocôndrias) que lhes permite obter energia;
-
Metanogéneas
- este grupo de bactérias foi o primeiro a ser reconhecido como único. Vivem
em pântanos, no fundo dos oceanos, estações de tratamento de esgotos e no tubo digestivo de algumas espécies de insectos e
vertebrados herbívoros, onde produzem metano (CH4) como
resultado da degradação da celulose.
As reservas de gás natural que
conhecemos são o resultado do metabolismo anaeróbio obrigatório e
produtor de metano de bactérias deste tipo no passado. Algumas conseguem
produzir metano a partir de CO2 e H2, obtendo
energia desse processo. O género Methanosarcina consegue fixar
azoto atmosférico, capacidade que se julgava única das eubactérias;
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Termoacidófilas
- vivem em zonas de águas termais ácidas, com temperaturas óptimas entre 70
e 150ºC e valores de pH óptimo perto do 1. Na sua grande maioria metabolizam
enxofre: podem ser autotróficas, obtendo energia da
formação do ácido sulfídrico (H2S) a partir do enxofre, ou
heterotróficas.
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