Desenvolvimento em Anfíbios |
Nos
anfíbios as
fêmeas produzem grande número de ovos, cobertos por uma substância
gelatinosa. Com a fecundação, essa pigmentação desloca-se para a zona intermédia entre os dois pólos, indicando o que será a parte dorsal do animal – crescente cinzento – localizado exactamente no lado oposto ao ponto de entrada do espermatozóide. Ao
eixo pólo animal - pólo vegetativo irá corresponder o eixo antero-posterior do
animal, sendo o pólo animal a cabeça. Dado o ovo anfíbio ser heterolecítico e mesolecítico, a segmentação atinge todo o ovo mas forma blastómeros de diferente tamanho – segmentação holoblástica desigual. A
blástula resultante apresenta mais de uma camada
de células, rodeando um blastocélio em posição
excêntrica (mais próximo do pólo animal). A
gastrulação inicia-se no crescente cinzento,
perto do seu limite inferior, onde surge um sulco em forma de meia-lua. Esse
sulco irá originar o blastóporo e é o local onde
os macrómeros se vão deslocar para o interior. Além
disso, os micrómeros dividem-se mais rapidamente, envolvendo as células
maiores, numa combinação de invaginação e epibolia. O
blastóporo forma o ânus e a boca abre na extremidade oposta do embrião – deuterostomia.
Na
zona dorsal da ectoderme diferencia-se uma zona mais ou menos plana designada placa
neural, que irá originar o tubo nervoso. Esta
zona afunda-se ao centro – goteira neural – e
os bordos elevados e espessados acabam por se unir num tubo de origem
ectodérmica. |
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