A história da Vida na Terra é uma história de extinções, tendo os paleontologistas identificado 5 períodos relativamente curtos (1 a 10 milhões de anos) de extinção em massa. O mais significativo ocorreu no final do Pérmico, que terá eliminado entre 77 e 96% das espécies existentes na época. No entanto, mesmo fora destes 5 períodos "catastróficos" a taxa de extinção nunca é nula, variando grandemente e atingindo picos com intervalos de cerca de 25 a 28 M.a. só nos últimos 250 M.a. Estas extinções naturais ocorrem, no entanto, ao longo de períodos relativamente longos, permitindo a evolução de novas formas, talvez melhor adaptadas, talvez apenas "sortudas" ... Isso não é o que acontece na actualidade, com a ajuda do Homem!
Actualmente, numerosos grupos de vida selvagem estão em sério perigo de extinção, devido à destruição do seu habitat, captura excessiva ou caça furtiva, etc. Estima-se que a presente taxa de extinção na Terra é 50 a 100 vezes superior à que existiria em condições naturais, ou seja, entre 100 e até 10000 espécies extinguem-se por ano. Este problema ameaça a biodiversidade do planeta com perdas colossais e irreversíveis. Em 2000, a maior alteração verificada na biodiversidade dos mamíferos foi o enorme aumento do número de espécies de primatas ameaçadas (96 para 116, das quais 19 estão criticamente ameaçadas). Na realidade, a única espécie de primatas não ameaçada é o Homem. Nas aves, os albatrozes e petréis são os que sofreram perdas maiores, com 55 espécies ameaçadas, quando em 1996 apenas 3 se encontravam nesta situação. Este facto deve-se à pesca com redes e anzóis de linha longa. Actualmente, uma em cada 8 espécies de aves estão gravemente ameaçadas (por exemplo, 25% das espécies de papagaios estão ameaçadas). A desflorestação de zonas como Indonésia e Filipinas também têm causado enormes perdas em passeriformes e papagaios. Um número importante de anfíbios têm desaparecido, rápida e inexplicavelmente, tanto da América central como da Austrália, por exemplo, mas igualmente de zonas altas da América do Norte. O número total destes animais desceu 15% entre 1960 e 1966 e desde então tem descido cerca de 2% ao ano, em média. As principais causas para esta situação calamitosa são as de sempre, drenagem de zonas húmidas para reprodução ou impedimento de acesso a elas (estradas, por exemplo), uso excessivo de pesticidas e fertilizantes, introdução de predadores exóticos, etc. Nos répteis são de salientar, por motivos pouco felizes, as tartarugas com 47 espécies ameaçadas. Esta situação deve-se não apenas à deterioração do meio mas também devido à excessiva captura, tanto com fins "medicinais", como para alimentação. No entanto, não são as únicas espécies em grande perigo, pois estudos parecem revelar que o número total de répteis apresenta um declínio ainda mais acelerado que o dos anfíbios. Estes animais ocupam meios semelhantes frequentemente, sendo sujeitos a pressões igualmente graves, com a agravante de necessitarem de territórios maiores e a fragmentação de habitats ter uma maior influência no seu desenvolvimento. Outros grupos marinhos, como tubarões, cavalos-marinhos, garoupas, mamíferos marinhos, entre outros, confirmam a preocupante tendência dos ecossistemas marinhos para sofrer dos mesmos problemas que os terrestres (fraco potencial reprodutor, doenças desconhecidas, redução de área de distribuição, exploração excessiva, destruição de habitat e espécies invasoras). Estudos relativos a invertebrados não são ainda muito extensos mas mesmo assim já é perceptível a mesma tendência: borboletas, libélulas, gastrópodes e crustáceos de água doce, são apenas alguns exemplos de espécies ameaçadas. Geralmente apenas se mencionam animais mas também as plantas estão em situação difícil, com 5611 espécies em perigo (por exemplo, 25% das coníferas estão ameaçadas). Considera-se que mais de 70% das florestas do mundo já desapareceram e os restantes 30% estão em grande risco, devido à pressão de industrias do papel, madeireira e farmacêutica. No entanto, estudos mais aprofundados deverão ser realizados brevemente. |
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Não há dúvida que a influência humana nos ecossistemas tem sido historicamente importante do declínio da biodiversidade, nomeadamente:
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Todas estas situações originam as terríveis listas que podem ser consultadas nas páginas a seguir indicadas, mas muitas outras podem ser encontradas (sem grande melhoria no conteúdo, apesar de tudo): Fauna ameaçada em Portugal Espécies ameaçadas mundialmente Extinção em Massa
Em Biologia consideram-se três categorias de organismos:
Infelizmente mais e mais organismos entram para estas listas a cada dia, pois nos poucos minutos que demora a ler esta página milhares de Km2 de floresta tropical estão a ser queimados ou cortados e milhões de organismos estão a ser mortos, seja por puro prazer, pela sua pele ou penas, pelas suas alegadas capacidades medicinais ou afrodisíacas, etc.
No entanto, é preciso lembrar que ameaçado significa que ainda pode ser salvo! Cada um de nós pode ainda fazer alguma coisa, por pequena que nos pareça, para mudar este estado de coisas. |
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