Panda vermelho

Ailurus fulgens

O panda vermelho é a única espécie da subfamília Ailurinae da família dos racoons ou guaxinins, apesar de ser igualmente associada à família dos ursos e dos pandas gigantes, com base em aspectos morfológicos, anatómicos, bioquímicos e paleontológicos.

A taxonomia do panda vermelho ainda não estabilizou, desde que foi descoberto em 1827, apesar de ser o único panda conhecido até 1869, quando o panda gigante foi descoberto.

A pelagem do panda vermelho é composta por pêlo longo e áspero, com uma espessa camada de sub-pêlo que os mantém quentes e secos num ambiente frio e húmido. As plantas das patas estão cobertas com um espesso tapete de pêlo branco nada vulgar em animais tropicais, mas semelhante ao que pode ser encontrado nos animais árcticos, como os ursos polares.

Cada pata apresenta 5 dedos bem desenvolvidos e separados, com garras curvas e semi-retrácteis. Os pandas vermelhos partilham com os seus primos pandas gigantes o sesmóide radial (o "polegar" do panda), embora seja aqui menos desenvolvido. Minúsculos poros entre as almofadas plantares segregam odores característicos. 

A presença de glândulas anais pares verde escuras, em ambos os sexos, permite ao animal marcar o seu território com um odor pungente.

O estômago é simples e sem ceco, como é típico dos carnívoros. Apesar de serem predominantemente animais que se alimentam de folhas, podem também ingerir raízes, frutos caídos e insectos. A sua dieta principal é composta por folhas e rebentos de bambu, em florestas remotas de grande altitude.

O reportório de sons inclui guinchos e grunhidos, bem como outros sons não vocais (bater de mandíbulas e fungadelas).

Apesar de activos a todas as horas do dia, são principalmente animais crepusculares, com outros picos de actividade por volta do meio do dia e às 23 horas. Em média, apenas estão acordados 56% do dia, provavelmente uma adaptação à sua dieta pobre. Esta média aumenta ligeiramente no Outono, quando a quantidade de fruta disponível é maior. 

A actividade máxima, no entanto, ocorre no Inverno, durante a época de reprodução, atingindo 65% do dia activos.

Os territórios sobrepõem-se em larga escala, principalmente entre machos e têm entre 1,5 e 11 Km2, sendo os dos machos maiores que os das fêmeas.

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