Reino Protista |
Os primeiros eucariontes foram encontrados em fósseis com 1,5 mil milhões de anos, quando as bactérias e organismos afins já existiam há mais de 2 mil milhões de anos. Durante, pelo menos, 800 M.a. todos os eucariontes foram unicelulares. Muitas linhas evolutivas de eucariontes multicelulares têm origem em ancestrais
eucarióticos unicelulares, tal como existem organismos multicelulares em quase
todos os grupos de protistas, no entanto, o
reino Protista não existe na realidade. Os protistas apenas
representam os grupos de eucariontes que restam após a retirada dos fungos,
plantas e animais.
A
visão humana da natureza é dominada por estes três grandes grupos, pois estes
são comuns e fáceis de identificar. No entanto, as plantas, animais e fungos são
apenas três das linhas evolutivas da profusão de grupos eucarióticos, sendo
todos os outros os protistas. Os protistas (gr. Protos = primeiro) actuais são considerados os descendentes dos ancestrais dos organismos multicelulares, animais e plantas, que hoje conhecemos. Os organismos incluídos neste reino são todos eucariontes, podendo ser unicelulares, coloniais ou multicelulares, embora estes últimos sejam pouco diferenciados.
Os
protistas encontram-se em quase todo lado onde exista água, sendo importantes
componentes do plâncton, uma comunidade de
organismos que nadam ou vagueiam passivamente junto á superfície dos lagos e
oceanos. Existem igualmente em meio terrestre, desde que haja humidade
suficiente. A
grande maioria dos protistas é de vida livre mas existem relações de
simbiose, mutualismo e mesmo parasitismo. Quase
todos são aeróbios, mas os que não têm mitocôndrias têm relações
mutualisticas com bactérias aeróbias. O
tipo de nutrição e a reprodução são tão variados quanto se possa imaginar,
apenas tendo comparação no Reino Monera. Existem formas fotossintéticas, que
realizam absorção, ingestão ou mesmo os 3 tipos de alimentação
simultaneamente. Apresentam reprodução sexuada mas podem reproduzir-se assexuadamente por gemiparidade ou por cissiparidade. Algumas formas formam esporos resistentes. Durante
muitos anos as algas foram incluídas no reino das plantas, devido a possuírem
parede celular e clorofila. Este grupo de organismos é o que mais dificuldades
levanta aos taxonomistas Actualmente
Whittaker incluiu-as no reino Protista devido a serem essencialmente aquáticas
e terem grande simplicidade estrutural. Algumas
espécies são unicelulares mas existem pluricelulares e verdadeiros gigantes,
como as algas castanhas do género Laminaria, que atingem os 60 metros de
comprimento.
Por
mais complexas que pareçam, são seres muito simples, não possuindo qualquer
tipo de diferenciação interna, pelo que o seu corpo se designa talo. A
nível reprodutor, algumas algas apresentam ciclos de vida muito complexos mas
não apresentam estruturas reprodutoras especializadas multicelulares e os seus
gâmetas são libertados para a água, sendo a fecundação externa. Um
dos aspectos mais importantes, a nível reprodutor, e que permite distinguir as
algas das plantas, é o facto das primeiras não fornecerem qualquer tipo de
protecção ao zigoto em desenvolvimento. Todas
as algas são fotossintéticas, sendo responsáveis por cerca de 60% do total
fotossintético do planeta (as plantas verdadeiras fazem o restante, pois a
contribuição actual das cianobactérias
é apenas importante localmente).
Os diversos tipos de pigmentos fotossintéticos e de substâncias de reserva permitem separa-las em diferentes filos ou divisões. |
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Temas relacionados: |
Protozoa Rhodophyta Phaeophyta Chlorophyta Myxomycota Chrysophyta Pyrrhophyta Euglenophyta Classificação Células Monera Fungi Plantae Animalia |
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