Filo Rhodophyta |
A
este filo pertencem as chamadas algas vermelhas (gr. Rhodon =
vermelho), como a coralina. Derivam,
provavelmente, das algas
verdes, pelo histórico fóssil encontrado. Estas algas são quase todas multicelulares e marinhas, principalmente em mares tropicais de águas transparentes, vivendo geralmente fixas a rochas ou a outras algas. Geralmente
apresentam uma morfologia filamentosa, embora
existam algumas unicelulares. A
sua vida fixa é fundamental pois necessitam do movimento das marés para
realizar as trocas gasosas eficientemente.
Além da clorofila a e d, têm os pigmentos acessórios ficocianina (azul), ficoeritrina (vermelho) e carotenóides (amarelos e laranja). A
presença do pigmento vermelho permite-lhes absorver a luz azul, podendo, assim,
sobreviver a profundidades muito superiores às das outras algas. Já foram
encontradas algas desta divisão a mais de 260 metros de profundidade, desde que
a água seja límpida o suficiente para permitir a passagem de luz. Estas algas, como outros grupos semelhantes, têm a capacidade de fazer variar a quantidade relativa de cada tipo de pigmento fotossintético, dependendo das condições de luz em que se encontram (podem ser verde brilhante quando vivem perto da superfície e vermelhas escuras quando vivem em profundidade). A
parede celular é mucilaginosa, tendo como base o glícido galactose
e a substância de reserva é o amido florídeo, um
polissacárido semelhante ao glicogénio mas composto por cadeias pequenas e
ramificadas com cerca de 15 unidades de glicose. As algas vermelhas nunca apresentam células flageladas, seja qual for a etapa do seu ciclo de vida. Os gâmetas masculinos não apresentam parede celular e são vagamente amibóides, enquanto os gâmetas femininos são totalmente imóveis. O ágar-ágar, espécie de gelatina usada como meio de cultura microbiana, industrias alimentares de chocolate, pudins, gelados, entre outras utilizações, é retirado de algas vermelhas. É formado por substâncias mucilaginosas polissacarídicas, com galactose associada a um grupo sulfato. Algumas algas vermelhas tornaram-se endossimbiontes já há muito, vivendo no interior de outros protistas não fotossintéticos, eventualmente, dando origem aos seus cloroplastos. É esta a origem evolutiva dos originais e distintivos cloroplastos das algas castanhas e das diatomáceas. Algumas espécies de algas vermelhas reforçam a formação de recifes de coral, pois têm o metabolismo necessário à deposição de carbonato de cálcio tanto na própria parede celular, como em volta dela. |
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Temas relacionados: |
Protista Protozoa Phaeophyta Chlorophyta Myxomycota Chrysophyta Pyrrhophyta Euglenophyta Classificação Células Monera Fungi Plantae Animalia |
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